venerdì 22 maggio 2009

Actualidade do antifascismo cultural de Pier Paolo Pasolini

L’attualità dell’antifascismo culturale di Pier Paolo Pasolini
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“Nasci em 1922. Não conheci, portanto, o fascismo como a geração precedente. A sociedade fascista em que vivia, era aceite por mim ingenuamente, mal imaginando que podia existir outra. O que me fez sofrer, na idade em que comecei a cultivar-me, a ler os primeiros livros, foi sentir a indiferença geral e o desprezo oficial pela cultura. Tudo o que eu descobria ou que então amava era silenciado, ou resolutamente banido pelos fascistas: Rimbaud, os poetas simbolistas, herméticos, os grandes autores de teatro... A minha reacçao face ao fascismo assumiu, portanto, a forma de uma paixão por toda a cultura silenciada. Mesmo nos cine-gufs, os cine-clubs da universidade fascista de então, eu suscitava ingenuamente problemas literários ou artísticos que eram literalmente inconcebíveis. Assim, mais do que o fascismo violento, o das matracas e dos assassinatos políticos, foi sobretudo o fascismo estúpido e inculto que descobri em primeiro lugar. O meu antifascismo de adolescente era, portanto, mais cultural do que político”.
PIER PAOLO PASOLINI, As últimas palavras de um ímpio, conversas com Jean Duflot, Lisboa, Distri Editora, 1985, p. 23.
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“Sono nato nel 1922. Quindi non ho conosciuto il fascismo allo stesso modo della precedente generazione. La società fascista in cui vivevo la accettavo ingenuamente, immaginando appena che ne potesse esistere un’altra. Ciò di cui ho sofferto fu, all’età in cui ho cominciato a farmi una cultura, a leggere i primi libri, di avvertire con quanta generale indifferenza, con quanto ufficiale disprezzo veniva considerata la cultura. Qualsiasi cosa scoprissi e amassi era allora tenuta sotto silenzio, o schiettamente messa al bando dai fascisti: Rimbaud, i poeti simbolisti, ermetici, i grandi autori drammatici… La mia reazione nei riguardi del fascismo si manifestò dunque attraverso una passione per tutta la cultura che era allora passata sotto silenzio. Anche nei cineguf, i cineclub dell’università fascista di allora, intavolavo ingenuamente discussioni letterarie o artistiche che erano proprio inconcepibili. Così più che il fascismo violento, quello dei manganelli e degli assassinii politici, è stato piuttosto il fascismo stupido e incolto quello che ho scoperto per primo. Più culturale che non politico era il mio antifascismo da adolescente”.
PIER PAOLO PASOLINI, Il sogno del centauro, a cura di Jean Duflot, Roma, Editori Riuniti, 1982, p. 26.
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Pier Paolo Pasolini

2 commenti:

alcinda leal ha detto...

Venho dizer olá!
Quanto a Pasolini embora antifascista cultural, custou-me muito ver Saló ou 120 dias de Sodoma!
Bom fim de semana!
Bjs para os dois
Alcinda

Argos ha detto...

Pasolini, actor, realizador e um dos mais importantes e polémicos escritores italianos do século XX!
Li "Una Vita Violenta", obra em que estão bem patentes as suas preocupações sociais e os seus ideais politicos.

Abraço

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